História da Linhaceira, 7 - 1435, o linho

Data de 22 de Julho de 1435 um documento do rei D. Duarte de grande relevância para a compreensão da toponímia da Linhaceira. De facto, nessa data, o monarca isenta os lavradores do concelho de Asseiceira de pagaram o tributo (jugada) de pão, vinho e linho. Isto significa que se cultivava linho no território.


Ora, que lugar apresentava melhores condições para isso?
Segundo a dissertação de mestrado em Agricultura Sustentável de Maria Manuela Barroso Fernandes de Sousa Meneses (Instituto Politécnico de Portalegre), o solo ideal deve ser profundo, com uma boa reserva de água e não argiloso, requerendo um clima com suaves oscilações de temperatura e humidade relativa elevada.
Além da baixa de Santa Cita, é nos nateiros a seguir à Matrena, nomeadamente na Taveira, que estas condições estão mais presentes.




Por outro lado, o site Saber Fazer, coordenado por Alice Bernardo (de onde é proveniente a fotografia publicada em cima), apresenta uma importante referência ao processo de curtimenta, que implica que os caules fiquem de molho mais de uma semana em "tanque, rio ou levada".
Ou seja, os lugares com melhores condições para o fazer continuam a ser os que já eram apropriados para o cultivo. Daí que faça todo o sentido que a um sítio assim se chamasse... Linhaceira.

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