História da Linhaceira, 11 - 1650 a 1670, um casal fecundo

Não há datas concretas, pois os seus nomes só aparecem em registos paroquiais como avós, mas terá sido entre 1650 e 1670 que terão nascido aqueles que são muito provavelmente os linhaceirenses conhecidos que hoje têm mais descendentes: Marcos Lourenço e Margarida Vaz.
Fruto do trabalho de investigação genealógica realizado por Miguel Garcia Lopes, foi possível identificar este casal como seu ascendente nove gerações antes.
Marcos e Margarida surgem nos registos de casamentos mais antigos da paróquia de Asseiceira como pais de Manoel Lourenço, que casou em 1707 com Maria Rodrigues. Dos quatro casamentos envolvendo linhaceirenses entre esse ano e 1709, três são com filhos deles, a que se juntarão ainda mais três até 1719. E, contando apenas os registos de casamento, já foi possível identificar pelo menos 26 netos.
Sendo claramente a família mais fecunda no início do século XVIII, na Linhaceira, é muito grande a probabilidade de a maioria dos habitantes da aldeia serem hoje seus descendentes. E não estranhem que os seus apelidos não sejam hoje maioritários. Uma das explicações é que os nomes de família quase nunca eram transmitidos por via feminina.
De facto, no ramo paterno da árvore genealógica de Miguel Garcia Lopes, o Lourenço só durou duas gerações, pois a filha de Manoel aparece registada como Catherina Maria, a que se seguem duas Maria de Jesus. Quando volta a aparecer um descendente homem, este trará os novos apelidos que herdou do ramo masculino: José da Costa Alves. Mas regressam duas gerações de linhagem feminina, Podenciana e Rosa, ambas da Conceição, esta última a mãe de seu pai: Manuel Lopes Júnior (o mais alto, de pé, na fotografia)

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