História de Asseiceira, 90 - Assalto constitucionalista

Apenas vinte anos depois das Invasões Francesas, nova provação esperava os moradores do pequeno concelho de Asseiceira. A luta pela coroa portuguesa entre D. Pedro IV (também imperador do Brasil) e o seu irmão D. Miguel, provocou uma guerra civil em Portugal que teria no nosso território o seu desfecho militar.

 Retrato de D. Pedro I do Brasil (D. Pedro IV de Portugal) em 1830 por Simplício Rodrigues de Sá - Museu Imperial de Petrópolis (Brasil)

Retrato de D. Miguel em 1828 por João Baptista Ribeiro

Antes disso, porém, em 25 de Junho de 1833, e estando o poder nas mãos de D. Miguel, os constitucionalistas (apoiantes de D. Pedro) tomaram de assalto a vila de Tomar, ao amanhecer, soltando os presos e sublevando o povo, conforme dizem as crónicas da época, prenderam as autoridades e formaram um corpo com o qual ocuparam aquela vila e também a de Asseiceira. Amorim Rosa, no livro "A vila de Asseiceira e seu termo", frisa que aqui "soltaram todos os presos, políticos e de delito comum" e sublinha também que "nenhum Asseiceirense entrou na revolta".
Na Asseiceira a revolta terá cessado nesse mesmo dia, sendo debelada em Tomar no dia seguinte.

 


Comentários

  1. Nestas batalhas, aconteceu um caso histórico na aldeia CHARNECA DA PERALVA, - PAIALVO: uma velhota que morava nesta localidade, estava a cozer pão, quando de rente a sua casa foi invadida por militares. Ali chegados, um terá dito," velha temos fome, queremos pão", ao que esta respondeu, pois sim, mas tendes que esperar, acabei de o por no forno. Enquanto esperavam, um outro soldado perguntou-lhe; " então velha, viva D. Pedro ou D. Miguel?" não sabendo a quem pertenciam as tropas, a velha Felícia respondeu-lhe: " viva D. Pedro, viva D. Miguel, que ambos andaram dentro da mesma pele". ( ventre materno, eram irmãos)

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    1. Excelente episódio, Elisabete. Ainda bem que fica registado.

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