Do linho à Linha

Talvez haja quem ainda não tenha reparado, mas entre os mais novos da nossa comunidade é hoje frequente a utilização do diminutivo Linha em vez de pronunciarem o extenso Linhaceira. De facto, a característica mais fascinante da Língua Portuguesa é estar sempre em evolução, e é curioso como este Linha soa de forma carinhosa.
Um dado relevante, hoje, 17 de Abril, dia que se tornou histórico com a inauguração do Salão Multiusos há dois anos atrás, e véspera daquele em que vamos celebrar precisamente a previsível origem do nome da nossa aldeia com uma plantação simbólica de linho.
Vale a pena relembrar, a propósito, que o Português e o Galego nasceram de um tronco comum. Enquanto o Português se tornou língua oficial de um Estado independente e foi evoluindo, o Galego, como língua de uma região em que o Espanhol é a oficial, manteve-se muito mais fiel às origens, até pela necessidade de preservar a sua identidade.
E o que é que isto tem a ver connosco? Tudo. Na Galiza, o termo liñaceira aplica-se àquilo ou àqueles que têm a ver com o linho, algo que as nossas visitantes cantadoras nos transmitiram quando cá estiveram. E até existe uma escultura de uma liñaceira em Las Nieves, um lugar de Pontevedra (na imagem).
Falta apenas um dado: foi na época em que Galego e Português ainda se confundiam num só idioma (no tempo de D. Dinis) que terão chegado à zona onde hoje fica a Linhaceira os primeiros povoadores.

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