Os dias da Linhaceira: 23 de Dezembro de 2009

Durante a noite, o vento rugiu de forma assustadora, com silvos medonhos nunca antes ouvidos. Não admira: as estações meteorológicas registaram rajadas superiores a 140 km/hora no Oeste, a zona mais afectada do país, mas os meteorologistas concluíram que no espaço intermédio entre as duas estações os valores terão sido superiores e que a alguma altitude terão mesmo atingido os 250 km/hora!
Apesar de não chegar aqui com a intensidade máxima, os valores também terão sido significativos, com o vendaval a circular no sentido oeste-noroeste. Pela manhã, quando foi possível verificar os estragos, foi impressionante ver como árvores de grande porte foram simplesmente derrubadas pela raiz. É o caso do vetusto cipreste frente ao ATL e de pinheiros existentes do outro lado da estrada, na Linhaceira, um deles no interior do jardim-de-infância. Mas o caso mais grave na freguesia foi mesmo a queda de uma chaminé que destruiu um telhado na Asseiceira, chegando a causar ferimentos ligeiros nos moradores.
Alguns pontos de pinhal ficaram também juncados de árvores caídas.
Tudo isto aconteceu na madrugada de 23 de Dezembro de 2009, por coincidência exactamente cem anos depois das grandes cheias de 1909.
Para quem tenha curiosidade pelos aspectos mais teóricos deste fenómeno, há um interessante artigo que o analisa no site do IPMA.






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