Linhaceira Vintage - preciosidade do Carnaval de há um século
Questionareis vós o que tem esta serra a ver com o Carnaval? Já vos explico. Esta é mais uma das preciosidades encontradas no fim-de-semana, no caso concreto no trabalho de investigação da Patrícia Homem.
Como objecto encontrámos exemplares em melhor estado (falta-lhe um punho de madeira de um dos lados), mas só este é que está fotografado.
A parte mais significativa deste trabalho, porém, não são os objectos em si. Eles servem essencialmente como catalisadores da memória para quem os conheceu e como instrumentos didácticos para os restantes. Importante mesmo é o que esses objectos nos dizem sobre a vida comunitária. E é aqui que entra a nossa história, uma dessas que em conjunto ajudam a escrever a História com H maiúsculo.
Contou-me o meu pai, quando viu a imagem, que estas serras serviam nomeadamente para cortar tábuas a partir de troncos de árvore. E que o seu avô (Joaquim Alves Garcia), costumava contar quando ele era pequeno um episódio passado em carnavais antigos, ou em entrudos, como então se dizia (estes pormenores ajudam a situar o acontecimento provavelmente pelos inícios do século XX).
Na Cascalheira, que já então seria ponto de encontro destas brincadeiras, foi colocado um cavalete com um tronco, ficando os dois serradores naquela que era a posição habitual para essa tarefa: em cada ponta do tronco, um no chão, o outro sentado sobre a ponta elevada. A expectativa era grande entre os espectadores: o que iria sair dali? E os serradores serrando.
Até que, aos poucos, se começou a vislumbrar a malandrice. Mal presas, as calças do serrador de cima iam descendo pelas pernas abaixo a cada guinada, para gáudio geral.
Conclusão: a simples fotografia de uma serra permitiu-nos perceber como funcionava, relembrar um episódio da tradição oral e conseguir mais um dado relevante sobre os antecedentes do Carnaval na Linhaceira.
Como objecto encontrámos exemplares em melhor estado (falta-lhe um punho de madeira de um dos lados), mas só este é que está fotografado.
A parte mais significativa deste trabalho, porém, não são os objectos em si. Eles servem essencialmente como catalisadores da memória para quem os conheceu e como instrumentos didácticos para os restantes. Importante mesmo é o que esses objectos nos dizem sobre a vida comunitária. E é aqui que entra a nossa história, uma dessas que em conjunto ajudam a escrever a História com H maiúsculo.
Contou-me o meu pai, quando viu a imagem, que estas serras serviam nomeadamente para cortar tábuas a partir de troncos de árvore. E que o seu avô (Joaquim Alves Garcia), costumava contar quando ele era pequeno um episódio passado em carnavais antigos, ou em entrudos, como então se dizia (estes pormenores ajudam a situar o acontecimento provavelmente pelos inícios do século XX).
Na Cascalheira, que já então seria ponto de encontro destas brincadeiras, foi colocado um cavalete com um tronco, ficando os dois serradores naquela que era a posição habitual para essa tarefa: em cada ponta do tronco, um no chão, o outro sentado sobre a ponta elevada. A expectativa era grande entre os espectadores: o que iria sair dali? E os serradores serrando.
Até que, aos poucos, se começou a vislumbrar a malandrice. Mal presas, as calças do serrador de cima iam descendo pelas pernas abaixo a cada guinada, para gáudio geral.
Conclusão: a simples fotografia de uma serra permitiu-nos perceber como funcionava, relembrar um episódio da tradição oral e conseguir mais um dado relevante sobre os antecedentes do Carnaval na Linhaceira.
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