A década de 1910 na Linhaceira - segunda parte
Continuando a tentar deslindar como éramos e o que fazíamos há cem anos, regressamos naturalmente a António Augusto Ferreira que, ainda em 1915, e demonstrando o seu voluntarismo, deu aulas fora de horas em Santa Cita, que já tinha escola mas não professor. Não tardou muito, porém, que se oferecesse para dar aulas nocturnas a adultos na Linhaceira. Os dados recolhidos na investigação da sua passagem pela freguesia dão a entender que terá morado em Santa Cita e depois aqui.
Mas não estava sozinho. E é em nome de Maria da Conceição Fernandes Baptista que aparece a referência a um colégio de instrução primária que não sabemos se teve funcionamento efectivo mas pelo menos terá existido na Linhaceira (curiosamente, voltamos a encontrar o rasto do professor, anos depois, criando um colégio semelhante nas Caldas da Rainha).
O ribeiro da Mata, que então era necessário atravessar no caminho para a escola da Asseiceira (não havia ainda a estrada actual) e que no Inverno tinha grande caudal, teve um papel decisivo para a criação da escola na Linhaceira: não só Augusto Ferreira justifica três dias de faltas por não conseguir passar (e por aí deduzimos que habitaria na Linhaceira), como um acidente quase fatal com um dos alunos veio tornar premente essa criação.
Todavia, o professor não seria de trato fácil e em 1916, na Câmara Municipal, há queixas de moradores da freguesia (com certeza não da Linhaceira) pelas incompatibilidades entre os dois docentes na Asseiceira.
Ao mesmo tempo, porém, uma petição de 27 linhaceirenses é enviada directamente ao Ministro da Instrução pedindo a transferência do segundo lugar da escola da Asseiceira para a Linhaceira.
Concluiremos amanhã esta sequência que hoje é ilustrada com o artigo referente ao episódio da queda ao ribeiro, inserido no jornal Novo Rumo de Janeiro de 1992, um dos poucos textos publicados sobre esta temática com base ainda em testemunhos de quem a viveu.
Mas não estava sozinho. E é em nome de Maria da Conceição Fernandes Baptista que aparece a referência a um colégio de instrução primária que não sabemos se teve funcionamento efectivo mas pelo menos terá existido na Linhaceira (curiosamente, voltamos a encontrar o rasto do professor, anos depois, criando um colégio semelhante nas Caldas da Rainha).
O ribeiro da Mata, que então era necessário atravessar no caminho para a escola da Asseiceira (não havia ainda a estrada actual) e que no Inverno tinha grande caudal, teve um papel decisivo para a criação da escola na Linhaceira: não só Augusto Ferreira justifica três dias de faltas por não conseguir passar (e por aí deduzimos que habitaria na Linhaceira), como um acidente quase fatal com um dos alunos veio tornar premente essa criação.
Todavia, o professor não seria de trato fácil e em 1916, na Câmara Municipal, há queixas de moradores da freguesia (com certeza não da Linhaceira) pelas incompatibilidades entre os dois docentes na Asseiceira.
Ao mesmo tempo, porém, uma petição de 27 linhaceirenses é enviada directamente ao Ministro da Instrução pedindo a transferência do segundo lugar da escola da Asseiceira para a Linhaceira.
Concluiremos amanhã esta sequência que hoje é ilustrada com o artigo referente ao episódio da queda ao ribeiro, inserido no jornal Novo Rumo de Janeiro de 1992, um dos poucos textos publicados sobre esta temática com base ainda em testemunhos de quem a viveu.
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