História da Linhaceira, 23 - 1758, Linhaceira nas Memórias Paroquiais

Apenas sete anos depois do Dicionário Geográfico, em 1758, surge-nos um outro documento relevante sobre a Linhaceira e o termo (concelho) de Asseiceira, onde se integrava: trata-se das Memórias Paroquiais, interrogatório que o então Secretário de Estado dos Assuntos do Reino, Sebastião José de Carvalho e Melo, Marquês de Pombal, enviou a todos os párocos de Portugal, sobre as paróquias e povoações, pedindo as suas descrições geográficas, demográficas, históricas, económicas e administrativas, bem como os estragos provocados pelo terramoto de 1 de Novembro de 1755.
Por aqui se percebe que estes são dados actualizados, ao contrário do Dicionário, onde eram visíveis diversos lapsos.
Aqui fica a transcrição dos dados essenciais:
"A vila de Aceiceira está na Província da Estremadura, Patriarcado de Lisboa, Comarca de Thomar, donde dista légua e meia. É donatário dela o Ilmº e Exmº Marquês de Tancos pela troca que fez D. Fradique Manoel de quem descende, com Salvaterra dos Magos, que hoje é da Coroa (…) e tem
esta vila duzentos e quarenta e nove vizinhos e está situada em um vale, mas finda nas faldas de um monte e dela se não descobre povoação alguma [referência curiosa, que bate certo com a que era feita aos "moradores do monte" em 1707; compare-se com a vista que se tem hoje, através de uma lente zoom, do lado contrário, nos Pastorinhos].
(…) Os lugares de que se compõe o termo são os seguintes: Guerreira, Santa Cita, Linhaceira, Falagueiro, Perdigueira, Fós do Rio, Cazal da Sereijeira, Cazal do Negro, Val do Sás, Roda, Cazais do Gavião e Cazal do Sobrado.
E em toda esta vila e termo há duzentos e quarenta e nove vizinhos como fica dito, seiscentas e noventa e três pessoas de comunhão, e setenta e cinco de menor idade (…).

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