Da rotina ritual à recriação histórica

Durante muitos anos, a realização da procissão em honra de Nossa Senhora do Conforto dos Aflitos foi um ritual que tinha para os fiéis a importância decisiva dos grandes acontecimentos religiosos e para os restantes era um momento em que se cumpria a tradição. Uns e outros sempre com respeito e uma devoção que ia para além da mera devoção religiosa.
Porém, a festa de 2016 ficou marcada por algo de especial, que esta fotografia do Dinis Lopes traduz muito bem. Ao fazer o transporte de andores aos ombros de elementos do Rancho Folclórico, evocou-se de alguma forma a História local, ainda mais neste caso com o andor de S. Sebastião.
É que, como se pode comprovar também pelo pormenor do respectivo cartaz, a primeira festa religiosa que se realizou na Linhaceira após a inauguração da capela em 1928 foi precisamente em honra de S. Sebastião (nos dias 30 de Setembro e 1 de Outubro também desse ano), e ainda com outra significativa coincidência: essa festa e a da inauguração da capela contaram, tal como ontem, com a presença da Banda Filarmónica do Outeiro Grande (Torres Novas).

 
 

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